Qual a Importância dos CrossFitters terem uma Cadeia Muscular Posterior Forte
Como já é sabido o CrossFit é uma modalidade que trabalha todas as valências físicas dos atletas, e vários grupos musculares do nosso organismo. Por vezes quem não está muito dentro do que é o treino de CrossFit, não tem muito a noção da importância de se trabalhar alguns grupos musculares. Há grupos musculares que são fundamentais para se trabalhar, e um desses grupos é cadeia muscular posterior.
O que é a cadeia muscular posterior?
A cadeia muscular posterior é simplesmente a parte de trás do seu corpo e os seus músculos que incluem a parte inferior das costas, glúteos, isquiotibiais e gémeos. Esta parte do corpo é muitas vezes negligenciada e esquecida pelos atletas. Muitas pessoas devido a muitos fatores passam muito tempo sentadas (8 a 10 horas por dia), por causa destas horas e devido à má postura os quadríceps tornam-se mais curtos e apertados, o que é mau para os glúteos que perdem a sua função de contração. Por consequência deste encurtamento os glúteos perdem a sua principal função que é estabilização das ancas, e músculos extensores. Geralmente, os glúteos têm uma das mais altas proporções de fibras de contração rápida em todo o corpo.
Como é que uma forte cadeia muscular ajuda no suporte dos movimentos?
- Ajuda no apoio da espinha
- Ajuda na extensão da anca e da coluna vertebral
- Melhora a contração dos glúteos (músculos extensores da anca e rotação femoral)
- Fortalece os músculos isquiotibiais (extensão das ancas, flexão do joelho)
- Melhora a flexão plantar do tornozelo e flexão do joelho
- Melhora o apoio das costas e suporte da espinha
Movimento e mecânica
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Todos os grupos musculares devem ser tratados com o mesmo grau de importância, mas o estilo de vida sedentário, as más posturas corporais diárias e a falta de exercício levam a padrões de ativação muscular sub-ótimos dentro da cadeia posterior. Isso significa que os flexores das ancas são hiperativos e impedem os glúteos de contrair, sem a contribuição do glúteo para a extensão da anca, os isquiotibiais e os músculos da coluna vertebral lombar são colocados sob maior stress e se tornam mais dominantes e sinérgicos.
Isto significa que os músculos principais que devem executar a maioria do trabalho “tiram umas férias”, e outros grupos musculares têm que entrar em ação para fazer esse trabalho. Quando isso acontece há inclinação da pelve e uma curva na coluna lombar. Imagine que está de pé e com o corpo ereto, mas o seu rabo empina para fora, as suas ancas inclinam para a frente, e o intestino se projeta para fora na frente. Estes são os sintomas para síndromes de dor lombar aguda e crónica.
Tendo estes sintomas quando as pessoas se curvam, tentam pegar algum objeto que esteja num plano mais alto ou estiverem numa posição sentada, estão em posições de desvantagem mecânica de movimento. Em vez de ativar os músculos corretos para o movimento (os glúteos) , irá compensar com outros grupos musculares. Cada grupo muscular precisa ser flexível e forte o suficiente para fazer o seu trabalho, caso contrário haverá uma excessiva dependência de outros para suportar a carga. Isso pode contribuir para a tensão crónica, fadiga, rigidez e episódios de espasmo, para não mencionar o risco de lesões quando se move cargas mais pesadas.
Por estes motivos que referi em cima torna-se imperativo que trabalhe bastante a cadeia muscular posterior, pode fortalece-la fazendo algumas posições de yoga, ou fazendo deadlift e uma variação que pode ver no vídeo seguinte:
Fonte e foto: BoxRox