Dos saltos altos às Nanos.

Antes de mais obrigada ao Orlando Silva e ao Planeta Crossfit, foi com entusiasmo que recebi o convite para falar no que tem sido o meu percurso no ”desporto do fitness”.

O meu nome e Nádia, tenho 31 anos, sou licenciada em Gestão de Empresas, sou natural da Ilha da Madeira e recentemente estou a viver um sonho em Londres.

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Não tenho muito para vos contar (espero não estar a desiludir), relativamente ao meu passado desportivo. Comecei aos 7 anos a ”brincar ao voleibol” no clube da terra mas sem muito sucesso. Talvez não só, mas, também por ser considerada baixinha. Por isso o meu único triunfo nesta modalidade foi receber um par de meias da Nike numa gala de Natal, por ser a atleta que, no meu escalão, nunca faltou a um treino. Hilariante! A vida tem deste pormenores.

Anos passados, ”quando cresci” (mas ainda sem tamanho suficiente para o volei), decidi experimentar Capoeira. ADOREI! Passei uns bons 4 anos a gingar, a fazer meia lua. pinos, pontes, macacos, leques e a ”jogar na roda”, divertia-me imenso e certamente deu-me boas bases para o CrossFit.

E o meu passado desportivo foi isto!

A vida vai acontecendo e comecei a trabalhar como secretária executiva. Só calçava saltos, não me lembro de ter sapatilhas, e fui conciliando o trabalho com a faculdade, com o tempo para a família, para os amigos e sem tempo para desporto, escusado será dizer que fiquei uma badocha.

Em 2014, num dia iluminado, eis que o meu caro amigo André Nóbrega, muito educado, olha para mim e diz-me: ”Oh Nádia, estás um bocado gorda, devias vir comigo fazer uns treinos à GetFit, estamos a experimentar uma cena nova”, e voilá! assim aconteceu o meu primeiro contacto com esta ”coisa” que vicia.

Comecei por ir 3 vezes por semana, depois 4, 5 até que pouco tempo depois inscrevi-me numa competição interna e fiquei em último, nunca me vou esquecer daquelas 100 slam balls, parecia que nunca mais acabavam. Que agonia, mas não desisti, porque quando tens 7 irmãos mais novos como é o meu caso, todos os dias são dias de competição, competes por atenção, pela melhor peça de roupa, pelo melhor quarto, o melhor lado da cama…estás sempre a competir. Só não estava habituada a perder, desculpem-me os mais novos mas só quem é irmão mais velho vai perceber.

E desde então tem sido uma aventura, troquei os saltos altos pelas nanos, os vestidos pelos calções, as blusas pelos tops e nunca fui tão feliz.

Foi nesta modalidade que conheci o melhor ser humano deste planeta, o Edu. Ele é o responsável pelo meu sucesso neste desporto, devo-lhe muito do que tenho aprendido. É também o homem talentoso que está por detras da minha programação, #eddiesmethod.

Há cerca de 3 anos mudei-me para Londres para abrir uma Box com o Edu, tirei o curso CF-L1, depois fiz o CF Kids e comecei a dar aulas na melhor box da cidade, Crossfit Hammersmith, onde me sinto muito acarinhada, adoro esta família. Mais recentemente abri a minha Box e não me poderia sentir mais grata e realizada.

Desde que me mudei levo o CrossFit mais a sério, decidi preparar-me para competir com o objectivo de um dia poder estar ao nível da Joana Tomás, lembro-me de a acompanhar em Portugal e pensar ”quero ser forte como ela” (um beijinho se me estás a ler).

Treino de Segunda a Sexta-feira e às vezes ao Sábado. Parte do meu programa consiste em melhorar fraquezas e em muito trabalho acessório. Tenho a sorte de ter parceiros de treino que me ajudam a ser mais capaz e a tornar-me mais forte. Não sigo nenhuma dieta em particular, tento ter uma alimentação variada e isso passa por um bom copo de vinho tinto, e Ben&Jerry’s ao Domingo, que é também o meu dia de descanso obrigatório.

Tenho o privilégio de apesar de estar longe, estar a representar como atleta a marca BOXPT Equipment.

Ultimamente tenho participado em algumas competições em Portugal, como o Madeira Cross Games e mais recentemente os PromoFit, mas também faço algumas no U.K., adoro a adrenalina que me corre nas veias e o frenesim que sinto antes e quando estou a competir. Gosto de ganhar e quando não ganho, gosto de aprender, nunca saio a perder.

E por fim, um pouco mais de mim…gosto….de halterofilismo, gosto de como a ginástica me desafia, não gosto de nadar nem de maratonas, gosto do remo não tanto da air bike, gosto de burpees e thrusters e ainda não gosto das malditas slam balls.

Mulheres deste “Planeta” que me estão a ler, não tenham medo de experimentar, não vão ficar musculadas e com aspecto masculino vão sim ganhar mais qualidade de vida, mais saúde e anos de vida. E se não gostarem, não tem mal, experimentem outra coisa.

Com carinho,

Nadia Abreu.

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