Mobilidade – Uma das coisas mais importantes para se trabalhar no Crossfit
Já tenho feito alguns artigos a descrever um pouco do que é técnica, e como realizar alguns exercícios de crossfit da forma mais correta. Obviamente que a técnica é das coisas mais fundamentais para se evoluir como atleta, mas se pensarmos, bem existe uma coisa que se torna ainda mais fundamental de trabalhar que a técnica, a MOBILIDADE.
Felizmente nas boxs, pelo menos nas que eu conheço e já visitei, e na box que pratico, os coachs trabalham bastante a mobilidade. Mas algumas pessoas, as menos informadas sobre desporto ainda confundem e pensam que a mobilidade é o mesmo que flexibilidade. Mobilidade não tem nada a ver com flexibilidade, são duas coisas completamente distintas.
Flexibilidade vs Mobilidade quais as diferenças?
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Flexibilidade – é descrita como a capacidade de movimentar uma articulação, num completo ângulo de movimento a que chamamos amplitude de movimento (AM). A amplitude de movimento, é determinada pela extensibilidade normal de todos os tecidos moles que a circulam. O controlo otimizado do movimento, é referido como amplitude de movimento dinâmica, que passa a ser a combinação da flexibilidade e capacidade do sistema nervoso, de controlar a amplitude de movimento eficientemente.
Para Barbanti 2010, a flexibilidade é uma propriedade intrínseca dos tecidos moles do corpo, que determinam a amplitude de movimento conseguida numa articulação, ou num grupo de articulações, ou seja, da viscoelasticidade dos músculos, ligamentos e outros tecidos.
Mobilidade – consiste na capacidade de mover um segmento corporal, num amplo arco de movimento. Este conceito está intimamente ligado ao movimento voluntário, ao contrário da flexibilidade que é um conceito essencialmente passivo. Por esses conceitos, podemos concluir que mobilidade e flexibilidade são conceitos bem distintos, um consiste na amplitude que pode ser alcançado de forma natural, e a outra envolve forças externas.
A mobilidade, é a capacidade para executar movimentos dentro de uma amplitude de movimento. Este é um dos cinco elementos básicos, que determinam a performance física do indivíduo. A mobilidade pode ser dividida em dois componentes: flexibilidade e capacidade de extensão. A primeira depende das articulações e discos, e a extensibilidade depende dos músculos, tendões, ligamentos, e das cápsulas articulares. (Schneider et al, 1995).
Torna-se fundamental trabalhar bastante a mobilidade, para se conseguir realizar alguns movimentos da forma mais correta. Por exemplo, num front squat é necessário ter uma boa mobilidade nos tornozelos, ter uma boa estabilidade nos joelhos, estabilidade e mobilidade ao nível da região lombar. O front squat é um dos exercícios em que se nota mais debilidade por parte dos atletas, ao nível da mobilidade articular. Não adianta como diz o ditado “colocar a carroça à frente dos bois”, sem uma boa mobilidade a sua evolução será menor. Por isso mesmo, trabalhe bastante a mobilidade articular antes das aulas, ou mesmo depois, perca um bom tempo a trabalhar esta particularidade do treino, vai ver que não se vai arrepender.
Veja o vídeo que se seque sobre mobilidade