Da Patinagem às competições nas “Arenas” de CrossFit
Olá a todos os aficionados e claro não aficionados (porque ainda não conhecem) pelo Crossfit!
Antes de começar gostaria de agradecer esta enorme oportunidade ao Planeta Crossfit, mais concretamente ao Orlando Silva, por me deixar expor um pouco do meu percurso profissional e desportivo, como atleta de Crossfit, pelo tempo que já tenho disto acho que já me posso considerar Atleta.

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Sou a Sara Pinto, 28 anos, natural de São João da Madeira e desde que me lembro sempre pratiquei algum tipo de desporto, desde nova era a maria-rapaz lá da rua porque era a única que andavam sempre a jogar futebol, bicicleta ou a fazer as típicas asneiras com os rapazes.
A primeira modalidade desportiva que pratiquei foi patinagem, apesar de ter algumas medalhas em casa acho que não durou muito tempo, e mais tarde por influência da minha mãe comecei a praticar danças de salão, ainda dancei talvez uns 7 anos da minha vida, juro que na altura detestava aquilo, porque a minha mãe obrigava-me sempre a ir com ela, mas à medida que o tempo ia passando comecei a ganhar algum gosto e entrar em competições nacionais, acho que foi a partir desse momento que o meu bichinho pela competição despertou, mas claro, como nada na vida é fácil, encontrar um par fixo para mim também nunca foi fácil, até que comecei a desmotivar.
Mais tarde acabei por entrar na universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro onde tirei o Mestrado em Educação Física e Desporto Escolar, mas como a área de ensino no nosso país está pelas horas da morte fui tirando alguns cursos mais relacionados com o ginásio. Na altura decidi inscrever-me no São João Health Club em S. João da Madeira, a quem tenho muito a agradecer por todos os ensinamentos e paciência que tiveram comigo.
Um dia, à sensivelmente 4 anos vi que ia haver uma competição de Crossfit (sabia lá o que era isso) em Cantanhede, achei interessante e desafiante, pensei cá para mim “já ando no ginásio há algum tempo, já devo estar com muito boa forma para estas coisas”. O 1º Wod de apuramento era 21-15-9 de Deadlift (só 50 quilinhos) com Burpees, foi completamente horrível, juro que no dia a seguir tive que ir à farmácia porque não aguentava com as dores musculares.

A partir desse momento nunca mais consegui parar, era aquela sensação de querer sempre mais, do desafio constante, a evolução física e psicológica. Acho que o pessoal no ginásio devia pensar que eu era um pouco maluca ao fazer aqueles treinos.
Mais tarde, e finalmente, o ginásio Gimnofísico em S. João da Madeira, abriu uma box, onde conheci o Coach Nuno Sousa (texugo) que sempre me acompanhou até aos dias de hoje e o local onde treino mais frequentemente, como a minha mãe e namorado dizem “qualquer dia só falta levares para lá o saco-cama”.
Como tudo é incerto na vida, o destino decidiu que eu iria enveredar por uma carreira militar, do qual tenho orgulho de pertencer a esta força, apesar de ser um trabalho árduo e extenuante, com horário complicado, tenho conseguido ter tempo e sempre grande vontade de continuar a evoluir. Hoje em dia, divido os meus treinos e as minhas viagens de malas as costas entre o Crossfit SJM e o Crossfit Fátima.
Se fosse por mim treinava todos os dias (não me deixam), mas também não consigo estar mais de dois dias afastada das barras e dois pesos, eu digo que eles sentem a minha falta. A frequência dos treinos depende muito dos dias, por vezes consigo fazer bi-diários outras vezes só um treino por dia.
Desde que comecei nestas andanças tenho participado em várias competições a nível nacional, em todas que participei consegui sempre chegar as finais, sempre andei ali no meio das atletas Top, do qual tenho muito apreço e admiração.

Presentemente acho que me encontro na minha melhor forma desde que comecei, mas quero mais, quero continuar a lutar todos os dias por ser melhor, a conseguir provar a algumas pessoas que EU também sou capaz, EU também consigo chegar lá, posso demorar mas consigo. E não há orgulho maior do que ver que todo este esforço, suor e por vezes sangue não são em vão.
Aos menos entusiastas desta modalidade, experimentem, não tenham medo, pode doer mas não vão morrer, no dia a seguir ainda vão conseguir levantar da cama, e especialmente para as mulheres deste país, não vão ficar GROSSAS. Podem não gostar, compreendo, mas mexam-se, façam qualquer coisa, a vossa saúde agradece.
Mais uma vez, obrigado ao Planeta Crossfit por esta oportunidade e um obrigado especial a todos (eles sabem quem são) que me têm apoiado sempre nestas aventuras e que sei que vão sempre continuar lá para tudo o que for preciso.